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Stan Lee, roteirista e editor da Marvel Comics, faleceu nesta segunda-feira, 12/11/2018, aos 95 anos de idade. Lee passou mal em sua casa nos EUA, em Los Angeles, e foi levado ao hospital, onde faleceu. 

Lee participou da criação de super-heróis icônicos da Marvel, como Homem-Aranha, Thor, Hulk, X-Men, Pantera Negra, Demolidor, Homem de Ferro e Quarteto Fantástico. Se tornando um dos nomes mais importantes dos quadrinhos americanos!

O começo de tudo!

Stanley Martin Lieber, nasceu em 28 de dezembro de 1922, em Nova York, nos EUA. Teve uma infância pobre em Manhattan, onde seu pai era um costureiro. Lee sempre foi fã de livros de aventura.

Em 1939, Lee conseguiu um emprego na antecessora da Marvel, a Timely Publications. Contratado por John Goodman, fundador da empresa e primo de sua mulher, Joan.

A partir de 1941, Lee começou a usar o pseudônimo Stan Lee, em uma história de duas páginas intitulada “The Traitor’s Revenge!“.

Aos 19 anos foi nomeado editor-chefe pelo editor Martin Goodman, quando o editor anterior se demitiu. Mas, em 1942, Lee se alistou no Exército Americano e serviu no Signal Corps durante a Segunda Guerra, de 1942 a 1945. Nesse período Lee escreveu manuais e filmes de treinamento. Após a guerra, ele retornou ao trabalho e atuou como editor por décadas.

Quarteto Fantástico Marvel Comics

Quarteto Fantástico – 1961

Os primeiros passos da carreira de Stan Lee

Em novembro de 1961, Lee e Kirby lançaram sua própria equipe de super-heróis, o Quarteto Fantástico, para a recém-nomeada Marvel Comics, Hulk, Homem-Aranha, Doutor Estranho, Demolidor e X-Men . Os Vingadores lançaram seu próprio título em setembro de 1963.

Em 1972, Lee renunciou às rédeas editoriais da Marvel para passar todo o tempo promovendo a empresa. Ele se mudou para Los Angeles em 1980 para montar um estúdio de animação e construir relacionamentos em Hollywood.

Muito antes dos  personagens da Marvel chegarem ao cinema, eles apareceram na televisão. Um animado show do Homem-Aranha foi transmitida pela ABC de 1967 a 1970.

Na década de 1970, Lee ajudou a empurrar os limites da censura nos quadrinhos, aprofundando-se em assuntos sérios e atuais em um meio que se tornara um entretenimento inadequado para as crianças.

Já em 1998, Lee lançou o Stan Lee Medi, um estúdio de criação, produção e marketing de super-heróis.  Até 2000, a SLM funcionou com a participação de Stan Lee, com o propósito de criar conteúdo para a internet. Após a falência da empresa em 2000, Peter Paul, um dos fundadores, acusado de fraude financeira, fugiu para o Brasil, mas foi extraditado para os Estados Unidos, onde foi julgado e condenado a dez anos de prisão. Com a confusão Stan Lee rompeu todos os vínculos com a entidade e diversas empresas e investidores tentaram assumir o controle da Stan Lee Media.

Nos anos seguintes, uma dezena de processos foi criado envolvendo Stan Lee, a esposa e a filha dele, Stan Lee Media e seus vários executivos. Em todos os casos, a justiça americana entendeu que os direitos dos personagens da Marvel Comics não pertenciam à Stan Lee Media.

Em 2002, Lee publicou uma autobiografia, Excelsior! A incrível vida de Stan Lee, mas somente em 2012, Roberto Guedes lançou a primeira biografia em português: Stan Lee: O Reinventor dos Super-Heróis. O livro conta toda a vida e carreira do escritor-sensação, desde sua infância pobre nas ruas de Nova York até seus 90 anos, onde ele continuava ativo e trabalhando. O livro conta com depoimentos de pessoas próximas ao criador, bem como de outros artistas que trabalharam com ele, como Gerry Conway, Steve Englehart, Roy Thomas e o irmão Larry Lieber.

Os Vingadores no Cinema: o papel do autor

Em 2009, a Walt Disney comprou a Marvel. A maioria dos filmes de maior sucesso de todos os tempos, como Os Vingadores, incluíram personagens da Marvel.

Lee em uma entrevista, ao Chicago Tribune, em abril de 2014 falou: “Eu costumava pensar que o que eu fazia não era muito importante”. “As pessoas estão construindo pontes e realizando pesquisas médicas, e aqui eu estava fazendo histórias sobre pessoas fictícias que fazem coisas loucas e extraordinárias”. “Mas eu suponho que eu tenha percebido que o entretenimento não é facilmente descartado ”. 

Lee foi um dos responsáveis por transformar a Marvel, na maior editora de quadrinhos do mundo a partir de 1961, revolucionando o mercado de quadrinhos ao modernizar o gênero de heróis com criações para um público mais velho, como o lançamento de “Quarteto Fantástico”.

Suas histórias sempre continham dramas familiares e heroísmos que utilizavam elementos de ficção científica. Foram as histórias que ajudaram na fama de personagens mais complexos e realistas da Marvel em relação à sua principal concorrente, a DC.

Como qualquer funcionário da Marvel, Lee não tinha direitos sobre os personagens que ele ajudou a criar e não recebeu royalties.

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