Lewis Carroll foi um matemático inglês da universidade de Oxford que começou a contar um causo para as três filhas de seu então chefe, Henry Liddell, e acabou tornando-se autor de duas das obras mais importantes da literatura mundial e fundador do gênero artístico nonsense. Publicado em 4 de julho de 1895, as aventuras da entediada Alice no País das Maravilhas ganhou o coração de Walt Disney e de milhões de outros fãs ao redor do mundo, tornando-se o legítimo clássico atemporal.
Surgimento da história
Uma das meninas pediu para que Lewis Caroll escrevesse as histórias para que ela pudesse ler em outros momentos. Nos contos, o autor satiriza amigos e inimigos através dos personagens e diálogos, além de rechear as histórias com referências da cultura popular inglesa da época, utilizando trocadilhos e ditados para batizar personagens e criar diálogos e situações absurdamente estarrecedoras no inimaginável País das Maravilhas.
A verdaduira Alice era a filha do chefe
A mais jovem das três filhas de Henry Liddell chamava-se Alice, nome que batizou a heroína das histórias. Foi ela quem pediu à Caroll para que as aventuras fossem transformadas em livro. Porém a menina não se parecia em nada com a personagem além da idade, pois tinha cabelos curtos e castanhos; oposto à descrição da personagem.
Alice através do espelho: a continuação do primeiro livro
O sucesso de Alice no País das Maravilhas foi instantâneo, porém muita gente não sabe que a obra tem uma continuação chamada Alice Através do Espelho, que ganhou um live-action lançado em 2016 contando com nomes como Helena Bohan-Carter e Mia Wasikowska no elenco e trilha sonora assinada pela cantora Pink.
115 anos da primeira adaptação para o cinema
A clássica animação dos estúdios Disney não foram, nem de longe, a primeira adaptação cinematográfica da obra literária. Em 1903, Cecil M. Hepworth e Percy Stow roteirizaram, dirigiram e executaram um filme mudo de 12 minutos de duração que conquistou muitos admiradores pelo uso de efeitos especiais.
Atualmente, sabe-se de somente uma cópia existente do curta, que teve várias partes extraviadas ao longo do tempo. Em fevereiro de 2010, o British Film Institute lançou uma versão restaurada do que ainda estava disponível para os fãs.
“Alice Comedies”: a série animada de curtas de Walt Disney inspirada em Alice no País das Maravilhas
Em 1920, Walt Disney produziu uma série de 57 curta-metragens onde a atriz mirim Virginia Davis interagia com um gato chamado Julius e um cenário animado, contando com um enredo inspirado nos livros de Lewis Carroll.
31 anos para o lançamento da animação da Disney
A clássica animação da Disney “Alice in Wonderland” era um projeto de vida para Walt Disney, porém o sonho encontrou diversos obstáculos: dificuldade de adaptar o roteiro e principalmente, de executar as peripécias de tantos personagens em uma realidade fantástica com baixo orçamento e a Segunda Guerra Mundial levaram o produtor a engavetar o projeto por mais de 30 anos.
Com o fim da Segunda Guerra e o sucesso de animações como Branca de Neve e os Sete Anões e Song of the South, Walt Disney decidiu retomar o projeto.
Mary Blair: a mulher que desenhou o clássico da Disney
Em uma época onde o mundo do cinema era muito mais machista do que o atual, quem produziu as icônicas artes de Alice no País das Maravilhas foi a ilustradora americana Mary Blair, que também assinou outros sucessos como Cinderella e Peter Pan, além de ter sido responsável pela histórica atração do Disney World, It’s a Small World.
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