Conquistar um espaço na lista dos melhores do mundo exige criatividade e dedicação. Apesar das constantes mudanças e superação de antigos mestres da cozinha, algumas personalidades do mundo da gastronomia conseguem reinventar-se ao longo dos anos e manter seus nomes entre as posições de destaque. Na lista a seguir, fique por dentro de quem são os chefs mais premiados do mundo.

Massimo Botura:

Responsável pelo estimado restaurante italiano Osteria Francescana, Botura conquistou em 2016 o primeiro lugar na lista da revista britânica Restaurant dos 50 melhores restaurantes do mundo.

Natural de Modena, o chef se interessou pela gastronomia assistindo as mulheres da família cozinharem comidas típicas da Itália. Botura largou a faculdade de direito em 1986 para abrir seu restaurante, que posteriormente viria a ser um dos mais famosos do mundo. Ao longo de sua carreira, acumula mais de 50 prêmios gastronômicos.

Ferran Adriá:

O espanhol Ferran Adriá começou a carreira na cozinha como lavador de pratos em um hotel em Ibiza. Com as técnicas ensinadas pelo chef do hotel na época, Ferran começou uma carreira em ascensão que viria a transformá-lo em referência quando se trata de gastronomia molecular (técnica que estuda e utiliza processos físicos e químicos na confecção de pratos criativos).

Famoso por seu menu de degustação com mais de 30 pratos, o restaurante do chef Adriá, El Bull, conquistou a pontuação mais alta no guia turístico Michelin (considerado o mais importante e disputado da categoria) e manteve-se por anos seguidos no Top 50 da revista londrina Restaurant. Além disso, Adriá já publicou diversos títulos e estudos sobre gastronomia molecular, ministrando cursos em universidades de renome como Harvard.

René Redzepi:

Eleito o melhor do mundo em 2010, 2011, 2012 e 2014 no Top 50 da revista Restaurant, o Noma está situado em Copenhagen, Dinamarca. O restaurante ganhou notoriedade desde sua abertura em 2003, devido a apresentação de uma culinária nórdica reinventada pelos sabores “limpos” do chef Redzepi.

O atual integrante do conselho mundial de chefs G11 largou a escola aos 15 anos de idade para estudar em uma escola de gastronomia. Influenciado pelo período da juventude em que viveu na Macedônia, a ascendência dinamarquesa da mãe, e por um período no sul da frança, o jovem chef valoriza os ingredientes frescos e naturais, como legumes e vegetais crus e demais alimentos que podem ser encontrados facilmente na natureza. Acumula hoje mais de 17 premiações, sendo a maioria posições de destaque no Top 50 dos melhores do mundo.

Yukio Hattori:

Defensor das tradições na culinária japonesa, Yukio Hattori é médico, nutricionista e chef de cozinha – tendo ficado popularmente conhecido por sua participação como comentarista no programa Iron Chef. É o quinto de sua geração a presidir a tradicional escola de culinária e nutrição  Hattori Nutrition College. Também integrante do conselho G11, Hattori leva como principal marca a defesa dos pequenos produtores e artesãos japoneses, pois acredita que bons utensílios de cozinha são essenciais para uma produção gastronômica de qualidade.

Michael Bras:

No comando do  Laguiole, em Aveyron, o francês Michael Bras manteve-se com três estrelas no Guia Michelin de 1999 até 2017, quando voluntariamente abriu mão de sua nota. Sua culinária criativa está geralmente associada ao uso de ervas frescas e flores. Possui outros restaurantes pelo mundo em parceria com outros chefs e um no japão com seu filho, Sebastán. Já conquistou prêmios em diversas áreas, inclusive pelos designs diferenciados de suas criações.

Dan Barbar:

Chef no Blue Hill, em Manhattan, NY, Dan Barber formou-se no Instituto Francês de Culinária, tendo sido nomeado um dos melhores novos chefs de 2002 pela Food and Wine Magazine. Recebeu diversos prêmios da James Beard Foundation, incluindo o de melhor chef de Nova York em 2006 e outro na categoria Outstanding Chef (em tradução livre, chef em excelência) em 2009 – ano em que também conquistou o prêmio de Chef do Ano nos EUA e foi citado na lista de 100 pessoas mais influentes da revista Times.

Barbar ficou muito popular por defender ideais de nutrição saudável no dia-a-dia, meios de produção sustentável e a valorização dos produtores locais. Foi convidado pelo ex-presidente Barack Obama para compor o Conselho de Aptidão Física, Esportes e Nutrição e é membro do Centro de Saúde e Ambiente Global da Escola Médica de Harvard.

Prato do chef brasileiro Alex Atala servido no restaurante D.O.M

Gastón Acurio:

O peruano Gaston Acurio chefia o melhor restaurante de seu país natal, tem seu próprio programa televisivo, escreve para revistas e é atualmente o Embaixador da Cozinha Peruana. O chef conquistou fama internacional ao unir a tradição da comida peruana com as técnicas da culinária moderna, liderando assim um novo movimento culinário chamado “cocina novandina”.

Atualmente, possui mais de 20 restaurantes ao redor do mundo.

Alex Atala:

Único representante brasileiro recente no World’s 50 Best Restaurant (2013), o restaurante D.O.M conquistou a sexta posição nesse ranking mundial e a primeira posição na competição latinoamericana. Atala viajou pela Europa na juventude fazendo bicos como pintor de paredes, durante esse período fez um curso profissionalizante de gastronomia e desde então nunca mais deixou o ramo. Adquiriu experiência e conhecimento durante suas viagens, associando técnicas de outros países à cozinha tipicamente brasileira.

Defensor ferrenho da culinária regional, publicou quatro livro ao longo da carreira, sendo um deles chamado “Por uma gastronomia brasileira”. Teve um programa de TV, foi jurado no programa Masterchef Brasil e atualmente é o único brasileiro que compõe o Conselho Assessor Internacional do Centro Culinário Basco (popularmente conhecido como G11).

Heston Blumenthal:

Referência mundial em culinária molecular, o chef inglês comanda o conceituado “The Fat Duck” em Berkshire, condado situado no sul do reino unido – local onde nasceu e viveu boa parte de sua vida. Teve seu interesse pela culinária atiçado na adolescência, quando foi a um restaurante três estrelas no Guia Michelin e decidiu estudar gastronomia.

Anos depois, o chef Blumenthal viria a conquistar a mesma posição com seu restaurante – além de diversos prêmios e homenagens acadêmicas por sua contribuição científica aos estudos das reações físicas e químicas dos processos culinários. Conhecido como “alquimista da cozinha”, é pioneiro na cozinha multissensorial e acumula prêmios e acumula graus honoríficos de universidades, além de ser membro da Royal Society Of Chemistry (sociedade científica com propósito de incentivar as ciências químicas).

Se você ficou inspirado com tantas histórias de sucesso que a gastronomia pode proporcionar, clique aqui e confira alguns utensílios de cozinha criativos para começar a praticar suas próprias receitas. A próxima maratona pede um lanche inspirado, siga o conselho do chef Hattori e não esqueça de caprichar nas ferramentas!